quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Não tenhais medo!


Não tenhais medo! (João 6, 20)

O Sacerdote Enrique Amezcua Medina, fundador da Confraternidad Sacerdotal de los Operarios del Reino de Cristo (Confraternidade Sacerdotal dos Operários do Reino de Cristo) se encontrou em 1927, em plena guerra cristera, com o Beato.
Ele contava que, quando tinha 9 anos de idade, ao aproximar-se de José Luis para conhecê-lo, José estreitava contra o peito a bandeira de Cristo Rei e com muito fervor falava da Santíssima Virgem a um jovem cristero desalentado.
O Padre Enrique – então garoto Enrique – se aproximou dele e lhe disse que queria ser como ele, soldado de Cristo Rei. José sorriu e lhe respondeu que era muito jovem ainda, mas o que tinha que fazer era rezar muito por ele e por todos os cristeros.
O sacerdote recordava como ele fixou o olhar e lhe disse: Talvez Deus o queira um sacerdote. E se chegares a ser sacerdote algum dia, poderás fazer muitas coisas que nem eu nem nós poderemos realizar.
 Fizeram um trato de rezar sempre um pelo outro, e o firmaram com aperto de mãos e se despediram, ouvindo de José: “Agora, até que Deus queira: até logo, ou até o Céu...”. Pe. Enrique faleceu em 1992.
Conforme informação fornecida pela Rádio Vaticano, no dia 22 de junho de 2004, dado também contido no decreto de reconhecimento do martírio, José Luis Sánchez visitou o túmulo de Anacleto González Flores, titular do processo de beatificação no qual figurou quando foi a Cotija para se aliar às tropas cristeras. Por ocasião dessa visita, o futuro Bem-Aventurado teria pedido a Deus para também morrer em defesa da fé, recordando as palavras de João Paulo II: “Os santos geraram e formaram santos”.
Os federales (tropa do Governo ateu), em 6 de fevereiro de 1928, quase conseguiram prender o general Rubén Guízar Morfín, com quem andava José Luis como clarinetista, porque mataram o cavalo do general; mas José, descendo do seu, o ofereceu: “Meu general, tome o meu cavalo e se salve”. Este não quis aceitar, mas, José Luis insistiu: “O senhor é mais necessário e fará mais falta do que eu”.
O general Guízar aceitou e pode escapar, mas os federales capturaram José e o levaram para a prisão de Cotija, de onde escreveu para sua mãe e conseguiu fazer com que a carta chegasse a ela.
Na terça-feira 7 de fevereiro, foi trasportado para Sahuayo e posto à disposição do deputado federal Rafael Picazo Sánchez, que dominava o povo de Sahuayo, e determinou sua prisão no templo paroquial.


Templo paroquial de Santiago Apóstolo, Sahuayo. Imagem em tamanho real de José Sánchez, onde ele esteve preso.

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