Não
tenhais medo! (João 6, 20)
O Sacerdote Enrique
Amezcua Medina, fundador da Confraternidad
Sacerdotal de los Operarios del Reino de Cristo (Confraternidade Sacerdotal
dos Operários do Reino de Cristo) se encontrou em 1927, em plena guerra cristera, com o Beato.
Ele contava que,
quando tinha 9 anos de idade, ao aproximar-se de José Luis para conhecê-lo,
José estreitava contra o peito a bandeira de Cristo Rei e com muito fervor
falava da Santíssima Virgem a um jovem cristero
desalentado.
O Padre Enrique – então
garoto Enrique – se aproximou dele e lhe disse que queria ser como ele, soldado
de Cristo Rei. José sorriu e lhe respondeu que era muito jovem ainda, mas o que
tinha que fazer era rezar muito por ele e por todos os cristeros.
O sacerdote
recordava como ele fixou o olhar e lhe disse: Talvez Deus o queira um
sacerdote. E se chegares a ser sacerdote algum dia, poderás fazer muitas coisas
que nem eu nem nós poderemos realizar.
Fizeram um trato de rezar sempre um pelo
outro, e o firmaram com aperto de mãos e se despediram, ouvindo de José:
“Agora, até que Deus queira: até logo, ou até o Céu...”. Pe. Enrique faleceu em
1992.
Conforme informação
fornecida pela Rádio Vaticano, no dia 22 de junho de 2004, dado também contido
no decreto de reconhecimento do martírio, José Luis Sánchez visitou o túmulo de
Anacleto González Flores, titular do processo de beatificação no qual figurou
quando foi a Cotija para se aliar às tropas cristeras. Por ocasião dessa
visita, o futuro Bem-Aventurado teria pedido a Deus para também morrer em
defesa da fé, recordando as palavras de João Paulo II: “Os santos geraram e
formaram santos”.
Os federales (tropa do Governo ateu), em 6
de fevereiro de 1928, quase conseguiram prender o general Rubén Guízar Morfín,
com quem andava José Luis como clarinetista, porque mataram o cavalo do general;
mas José, descendo do seu, o ofereceu: “Meu general, tome o meu cavalo e se
salve”. Este não quis aceitar, mas, José Luis insistiu: “O senhor é mais
necessário e fará mais falta do que eu”.
O general Guízar
aceitou e pode escapar, mas os federales
capturaram José e o levaram para a prisão de Cotija, de onde escreveu para sua
mãe e conseguiu fazer com que a carta chegasse a ela.
Na terça-feira 7 de
fevereiro, foi trasportado para Sahuayo e posto à disposição do deputado federal
Rafael Picazo Sánchez, que dominava o povo de Sahuayo, e determinou sua prisão
no templo paroquial.
Templo paroquial de Santiago Apóstolo, Sahuayo. Imagem em tamanho real de José Sánchez, onde ele esteve preso.
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