quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Beatificação


Conforme o Presbítero José Luis Villaseñor Castellanos, nos testemunhos da beatificação do Santo de Sahuayo, se lê que

Depois que o mataram e o cobriram de terra, o coveiro Luis Gómez, foi à casa do Padre Ignacio Sánchez, tio carnal de José, lhe contou do assassinato de José, seu sobrinho, lhe pediu um lençol e junto com o Padre Ignacio regressou ao cemitério, desenterrou o corpo de José, o envolveu no lençol e o enterrou de novo ali mesmo; puseram um papel dentro de uma garrafa com o nome de: “José Sánchez del Río”, aí permaneceram os restos do Beato José durante 26 anos[1].

Quando a população tomou conhecimento do martírio do jovem “Tarcísio”, José Sánchez del Río, o José Luis, como era chamado nos tempos cristeros, tentou acorrer ao cemitério a fim de prestar-lhe homenagens e recolher relíquias, pois o sabiam Mártir do Cristo Rei e da Virgem de Guadalupe. Rafael Picazo determinou, então, que os Federais cercassem o cemitério.
O martírio de José Luis se fundou na defesa da fé e a pedagogia de sua santificação correu a cargo da Virgem Morena, Nossa Senhora de Guadalupe e do Cristo Rei, sendo um dos grandes testemunhos, a carta que José enviou a sua mãe na segunda-feira, 6 de fevereiro de 1928, de Cotija:

Minha querida mãe:

Fui aprisionado em combate neste dia. Acho que vou morrer; mas nada me importa, mamãe. Resigna-te a vontade de Deus; eu morro muito contente porque morro no lado de Nosso Senhor.
Não se preocupe com a minha morte, que é o que me incomoda, antes, diga aos meus irmãos que sigam o exemplo do mais jovem e façam a vontade de nosso Deus. Tenha coragem (força) e mande-me a bênção juntamente com a de meu pai.
Cumprimento a todos pela última vez e você receba finalmente o coração de seu filho que tanto te ama e desejava te ver antes de morrer.



Carta escrita por José à sua Tia

José Luis defendeu heroicamente a fé cristã diante das altas autoridades mexicanas e, aos 14 anos e 11 meses, após dizer: “Viva Cristo Rei! Viva Nossa Senhora de Guadalupe!”, foi martirizado. Dois meninos, um de sete anos e outro de nove anos que depois se tornaram fundadores de congregações religiosas, presenciaram tudo à distância, conheceram José e dele foram testemunhas.
Em 22 de junho de 2004, antevéspera da Festa de São João, o Batista, Sua Santidade o Papa João Paulo II autorizou a promulgação de Decreto da Sagrada Congregação para as Causas dos Santos, reconhecendo o Martírio de José Luis Sánchez del Río, no Processo que teve nihil obstat concedido no dia 21 de outubro de 1996, sob o n° 2133. O Santo Padre João Paulo II retornou à Casa do Pai antes de inscrever o nome de José no livro da vida.

Os dados citados são do meu livro: Nunca foi tão fácil ganhar o Céu: Memória de José Sánchez del Río / José Luís Lira. – Sobral: Edições Universitárias, 2010. ISBN N° 978-85-7563-605-3.



[1] CASTELLANOS, José Luis Villaseñor. Vida, murte y beatificación del niño mártir José Sánchez del Río. Sahuayo, Mich.: Ed. do autor, 2007, p. 55, livre tradução do espanhol para o português por José Luís Lira.

Um comentário:

  1. Seja louvado Nosso Senhor Jesus Cristo e Sua Mãe Maria Santíssima. Boa tarde. Por favor, gostaria de saber como receber 1 relíquia de São José Sanches.

    Obrigada

    Michellevichesi@gmail.com

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